Agora vá direto para a listagem de todas as fotos. Veja uma por uma. Cada detalhe é importante nessa hora. Afinal, ela já te perturbava enquanto tentava se concentrar no trabalho. Até que não deu, foi lá de novo no perfil conferir o que já havia visto. Ontem.
O hilário disso tudo é não conhecê-la pessoalmente, não saber o movimento que os lábios fariam ao dizer alguma coisa. Estávamos no mesmo lugar, nos vimos de longe, mas não nos falamos. O registro do olhar, dos taps suaves no smartphone, de um jeito doce.
Como diz na música, "A insanidade sorri, sob pressão estamos pirando". Seria uma espécie de obsessão? Mas é uma palavra muito dura. Prefiro admiração velada. Só eu sei que estou vendo essas fotos de novo. Até publicar isso aqui. Talvez não publique. Problema resolvido.
Nos concentremos no que é mais importante: o sorriso dela. Quando o vi, numa espécie de observação-participante, pois eu sorri de volta mesmo sem ela me ver, senti um frio na espinha - fora de moda, porque eu sou um velho ranzinza. A vida é mesmo engraçada. De repente, um sorriso e pewn! Caiu na rede. Bom mesmo seria sorrir junto, um pro outro. Mas aí já é outra história...
